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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

JOSÉ ABANTO ABANTO

 

Miembro activo del círculo literario “Gravilla”.
Nació en 1972 en la ciudad de Cajamarca.
Docente de en el Instituto Superior Público “Aristides Merino” de Celendin.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

CAJAMARCA, CAMINOS DE POESÍA.  Compilación y edición: Socorro Barrantes Zurita.  Foto carátula: Victor Campos Ríos.  Cajamarca, Perú:  APECAJ – Municipalidad Provincial de Cajamarca, 2006.   302 p.   21 x 29 cm.               Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

PONTE MI PECADO EN UN CAFÉ

sabes de mis gritos trasnochados
de mis ojos impasivos
de mi tic simulador

dame de tu sumo aconsejando el pretexto
el averno en retirada
la incidencia
la pasión
y
acuesta en mí...

 

Amas el sinfin con tu missiva impaciente
con tu ruego extemporáneo
con tu recatada voz

Y
Somos dos...

dame de mi cruz la inerme hora
el almíbar de mi sorbo
el embote en mi sindiós

yo nefasto
yo paseo
pongo mi pecado en tu café.

AGORERO EL DESAYUNO SIN EL PAN

 

HAY alguien nacido por inercia
y otro nacido por casualidad

también hay alguien
sorbiendo su desayuno
y otro desayunando su sed

(todos se maquillan por costumbre)

hay alguien
y otros
que sólo miran de frente.

El ciego diera un ojo para el que no tiene
el cojo una pierna para que caminen juntos
el espejo otro rostro
para que no te sientas solo

es imposible otra existencia ambivalente

regale el fuego consumiendo la morada
la humedad silente del escarabajo
en su agujero
la anticuada cruz de tus dos brazos
la flor muriendo de la tumba en oración

quiere un adiós radicando sin sentirse

no es posible otra razón en los ojos ciegos
despierte.

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA

 

PONHA MEU PECADO NO CAFÉ

sabes de meus gritos trasnoitados
de meus olhos impassivos
de meu tic simulador

dá-me de teu sumo aconselhando o pretexto
o submundo em retirada
a incidência
a paixão
e
recosta em mim...

 

Amas o sem fim com tua mensagem impaciente
com teu pedido extemporâneo
com tua recatada voz

E
Somos dois...

dá-me de minha cruz a inerme hora
o calda de meu gole
a embotada em meu sem-deus

eu nefasto
eu passeio
ponho meu pecado em teu café.

 

 

AGOURENTO O CAFÉ-DA-MANHÃ SEM PÃO

 

Existe alguém nascido por inércia
e outro nascido por acaso

também existe algúem
sorvendo seu café-da-manhã
e outro tomando a sua sede

(todos se maquilam por costume)

existe alguém
e outros
que apenas olham de frente.

O cego cedera um olho para o que não tem
o coxo uma perna para que caminhem juntos
o espelho outro rosto
para que não te sintas sozinho

é impossível  outra existência ambivalente

regale o fogo consumindo a moradia
a umidade silente do escaravelho
em seu buraco
a antiquada cruz de teus dois braços
a flor morrendo na tumba em oração

quer um adeus radicando sem sentir-se

não é possível outra razão nos olhos cegos
desp

 

erte.

 


*

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Página publicada em abril de 2022


 

 

 
 
 
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